segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Onde vivem os monstros



Com mais de 18 milhões de exemplares vendidos só nos Estados Unidos, vencedor dos principais prêmios literários, traduzido para mais de 20 idiomas, aclamado pela crítica, finalmente é publicado em português o principal livro do ano: Onde vivem os monstros, de Maurice Sendak. O próprio autor selecionou a Cosac Naify para ser a editora do livro no Brasil. Após três anos de negociação, a Cosac Naify foi aprovada pelo autor e ilustrador, por seu cuidado editorial. 

A edição brasileira é caprichada como a original: papel importado, capa dura, sobrecapa e tecido na lombada. Como aposta em repetir o sucesso que o livro tem no exterior, a primeira tiragem do livro de 10 mil exemplares chegará nas livrarias em outubro, pouco antes do videogame. 

Na história escrita em 1963, o garoto Max, vestido com sua fantasia de lobo, faz tamanha malcriação que é mandado para o quarto sem jantar. Lá, ele se transporta para uma floresta, embarca em um miniveleiro, navega pelo oceano, até chegar numa ilha, onde vivem os monstros. Com o seu olhar firme, consegue dominá-los e é coroado rei. Max, então, fica livre para mandar e desmandar, longe de regras ou restrições. Mas, quando a saudade de casa e daqueles que realmente o amam começa a apertar o peito, Max fica em dúvida sobre suas escolhas. 

Em janeiro de 2010, o filme chega aos cinemas brasileiros. Onde vivem os monstros faz parte da biblioteca básica de todo leitor. O maior clássico da literatura infanto-juvenil. 


Disponível em: http://editora.cosacnaify.com.br/ObraSinopse/11297/Onde-vivem-os-monstros.aspx  

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Livro ilustrado


O livro ilustrado - também chamado de livro-ilustrado, livro de imagem ou, em Portugal, álbum - não é, em si, uma novidade. Encontram-se antepassados seus nos séculos 18 e 19. O livro inclinado e O livro do foguete, de Peter Newell, exemplos de interação entre conteúdo e suporte, foram publicados pela primeira vez em 1910 e 1912, respectivamente; Maurice Sendak lançou Onde vivem os monstros, um dos clássicos do gênero, em 1963. No Brasil, Ziraldo publicou o famoso Flicts em 1969; em 1976, foi a vez de Juarez Machado apresentar o seu Ida e volta, e desde a década de 1980 Eva Furnari e Ângela-Lago vêm produzindo  livros com pouco ou nenhum texto. 

Disponível em: http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/170/o-poder-das-imagens-234958-1.asp


No livro ilustrado as imagens são fundamentais para que nós possamos compreender a história. As imagens conversam com a leitura, e se tirarmos as imagens a leitura perde o sentido.

João Felpudo


Struwwelpeter de Heinrich Hoffmann
Olha pra ele! Olha só!
Cabelo e mãos de dar dó.
As unhas nunca cortou,
cor de carvão, um horror!
Água? Nunca! Ô fedor!
E cada dia é pior!
Qualquer coisa é melhor
que esse João Catimbó.
(tradução de Angela-Lago)

Heinrich Hoffmann, médico alemão, escreveu Struwwelpeter em 1844. Não tinha encontrado o presente de Natal adequado para seu filho de três anos. Os desenhos criados por Hoffmann, como os de Bush, contam as histórias. As cenas são dramáticas. Em uma seqüência, o menino que se recusa a tomar sopa, acaba morrendo de magreza e sendo enterrado. Resta saber se Hoffmann consegue cumprir a sua proposta pedagógica e assombrar as crianças com as imagens de mutilação e morte como punição às pequenas diabruras. Ou se os castigos desmesurados acabam virando só humor negro.
Struwwelpeter mereceu diversas traduções, inclusive uma de Mark Twain. Mas o texto de Hoffmann, como seu desenho, é tosco. É um livro de amador. Talvez seja justamente isso que lhe dê uma estranha graça.
Disponível em: http://www.angela-lago.com.br/1Hoffmann.html