No quarto capítulo do livro Andar entre livros de Teresa Colomer intitulado
“A articulação escolar da leitura literária”, a autora entra na escola para
contemplar a leitura em funcionamento, observando que por volta dos 8 ou 9
anos, muitas são as crianças que já afirmam não gostarem de ler. Este fato
mostra que o que se lê e para que se lê nas escolas está longe de corresponder
à literatura e a seus possíveis benefícios.
Um fator que contribui para
uma aprendizagem social e afetiva é, segundo Colomer, a leitura compartilhada
como a base da formação de leitores. A frequência diária destas práticas de
histórias contadas tem sido apontada por estudos como um trabalho muito
significativo e eficiente. Tais estudos indicam que devem ter destaque:
- O estímulo de hábitos de
leitura compartilhada na família;
- Assegurar a formação
profissional dos docentes nesse tipo de práticas;
- Ampliar as rotinas de
construção compartilhada e de relação entre leitura e escrita nas atividades
escolares e de estímulo à leitura. (p. 109)
Além disso, a autora afirma
que dentro da escola também se faz necessário: tempo na aula para praticar a
leitura individual; auxílio de um adulto no momento da leitura, quanto ao
conhecimento de palavras novas, para não desestimulá-los na leitura;
apresentação dos livros a serem lidos, afastando assim o medo e a dúvida que o
texto desconhecido provoca; introduzir na rotina escolar o contato dos alunos
com ambientes ‘povoados e livros’, tal como as bibliotecas.
COLOMER, Teresa. Andar
entre livros: a leitura literária na escola. São Paulo: Global, 2007.
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