sábado, 2 de fevereiro de 2013

João Felpudo


Struwwelpeter de Heinrich Hoffmann
Olha pra ele! Olha só!
Cabelo e mãos de dar dó.
As unhas nunca cortou,
cor de carvão, um horror!
Água? Nunca! Ô fedor!
E cada dia é pior!
Qualquer coisa é melhor
que esse João Catimbó.
(tradução de Angela-Lago)

Heinrich Hoffmann, médico alemão, escreveu Struwwelpeter em 1844. Não tinha encontrado o presente de Natal adequado para seu filho de três anos. Os desenhos criados por Hoffmann, como os de Bush, contam as histórias. As cenas são dramáticas. Em uma seqüência, o menino que se recusa a tomar sopa, acaba morrendo de magreza e sendo enterrado. Resta saber se Hoffmann consegue cumprir a sua proposta pedagógica e assombrar as crianças com as imagens de mutilação e morte como punição às pequenas diabruras. Ou se os castigos desmesurados acabam virando só humor negro.
Struwwelpeter mereceu diversas traduções, inclusive uma de Mark Twain. Mas o texto de Hoffmann, como seu desenho, é tosco. É um livro de amador. Talvez seja justamente isso que lhe dê uma estranha graça.
Disponível em: http://www.angela-lago.com.br/1Hoffmann.html  

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