quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Ler é diferente de contar histórias



Não há quem resista a boas histórias. Nas páginas dos livros, dos jornais e das revistas, na tela do computador e na televisão, narradas presencialmente ou transmitidas pelo rádio... Seja lá onde e como aparecem, elas encantam, amedrontam, fazem rir ou chorar, assustam e são capazes de levar, ainda que em pensamento, até a lugares distantes pessoas de qualquer idade, especialmente as crianças. 

Na pré-escola, elas fazem parte da rotina de duas maneiras: leitura e contação. Além de proporcionar aos pequenos o contato com o mundo dos livros, os momentos de leitura os levam a compreender que a escrita é uma maneira de fixar o texto. Afinal, todas as vezes em que se lê um conto de fadas ou uma fábula, por exemplo, a história é a mesma, está registrada. A contação, por sua vez, explicita o valor da cultura oral. Por serem transmitidas de geração para geração, sem um suporte concreto, as narrativas sofrem diversas transformações. 
Os saberes construídos e as habilidades desenvolvidas durante essas duas atividades não se encerram com esses exemplos. Tanto a contação quanto a leitura são um convite para explorar o mundo da ficção e a riqueza da linguagem literária.
Ler e contar histórias, porém, não é a mesma coisa - embora possa parecer à primeira vista, principalmente se as atenções estiverem voltadas só para o enredo. "As práticas têm particularidades no que diz respeito aos objetivos e à postura de quem apresenta a trama", afirma Maria Slemenson, formadora do Instituto Natura, em São Paulo. Por isso, cada uma delas pede comportamentos distintos tanto dos educadores como dos pequenos e ambos os grupos precisam estar cientes dessa necessidade. 

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